"A nossa luta é por valorização e dignidade!", diz a diretora da APLB Sindicado Ipirá, Loiane Fernandes.

Por Orlando Santiago Mascarenhas
ipiranegocios.com.br
24/02/2023

O Carnaval terminou em Salvador, mas em Ipirá (BA) as festividades tiveram continuidade com direito a Fuzuê e Furdunço.

Na manhã desta quinta-feira (23), dia da abertura da Jornada Pedagógica municipal, realizada no Centro Cultural Elofilo Marques, em Ipirá, o evento foi tomado em sua abertura, pelos protestos festivos dos professores do município.

Coordenado pela APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Ipirá, os professores adentraram a área da Jornada, em movimentos festivos, com direito a acompanhamento musical, com danças, cantos, músicas e ritmos, que lembravam as manifestações culturais que remetem ao Fuzuê e Furdunço, que tanto alegram e valorizam os carnavais da Bahia.

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Fuzuê e Furdunço na jornada pedagógica de Ipirá | Vídeo disponibilizado nas redes socias

De acordo com a APLB, o protesto aconteceu, depois que o Sindicato em assembleia realizada após o ato da Jornada da Luta Sindical dos Trabalhadores em Educação, com professores, coordenadores pedagógicos e funcionários, deliberou por protestos e até mesmo por paralizações da categoria, no município.

Ainda segundo a APLB, a categoria sindical aguarda a sinalização da retomada do diálogo propositivo, uma vez que a proposta apresentada tem viabilidade.

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Jeane Alencar e Loiane Fernandes, Diretoras da APLB Sindicado Ipirá | Instagram APLB

Secretaria da Educação emitiu comunicado

Na parte da tarde a Jornada Pedagógica voltou a normalidade. Logo após as manifestações pacificas da categoria, na manhã desta quinta-feira (23), a secretaria de Educação do município divulgou o comunicado abaixo:

“A Secretaria Municipal de Educação informa que devido aos eventos que impediram a realização da Jornada Pedagógica na manhã desta Quinta-feira, a palestra do Professor Hamilton Werneck acontecerá nesta tarde do dia 23, no Centro Cultural Elofilo Marques, às 14:00h”.

O QUE BUSCA E COBRA A APLB

De acordo com a APLB, uma proposta foi encaminhada a prefeitura, mas falta uma resposta convincente da gestão municipal.

A categoria aguarda a sinalização da retomada do diálogo propositivo, uma vez que a proposta apresentada tem viabilidade.

“A nossa luta é por valorização e dignidade! Buscamos o que é nosso por direito! Há 2 anos a gestão municipal não reajusta o piso de professores e coordenadores pedagógicos, além de dificultar o reajuste dos demais funcionários. A APLB Sindicato realizou um estudo técnico, comprovando que há condições de pagamento por parte da Prefeitura de Ipirá, e apresentou à gestão uma proposta: o pagamento de ao menos 25% da dívida, parcelado em 2 vezes. Esta proposta foi descartada e, em contrapartida, nada foi oferecido”. Disse a diretora da APLB Sindicado Loiane Fernandes

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Loiane Fernandes, Diretora da APLB Sindicado Ipirá | Instagram APLB

"Infeliz é o povo cujo Prefeito não valoriza a Educação!".(Frase nas camisas usadas durante o protesto)

Ainda de acordo com os coordenadores da APLB, também é preciso discutir a aplicação da lei do Piso salarial dos professores, bem como sua vinculação nos planos de carreira.

“A categoria de professores é de fundamental importância no desenvolvimento do município, logo, qualquer Gestor que levar ensino a sério tem que estar permanentemente interessado em resolver as demandas da categoria, como um todo, incluindo professores e demais profissionais relacionados a educação”, pontuam as coordenadoras da APLB.