A Sessão da Câmara de Vereadores
de Ipirá realizada na última
terça-feira (27), estava com seu
plenário lotado de professores municipais,
divididos em duas alas. Na parte da frente
do plenário se colocaram os professores
e funcionários administrativos que
trabalham na secretaria de educação
e acompanhavam a secretária, professora
Vanda Barreto e na parte de trás
estavam os professores que estão
em sala de aula e que acompanhavam os sindicalistas,
professores Arismário Sena e Fábio
Leite, que usariam a Tribuna Livre para
falarem sobre a paralisação
da classe que aconteceu naquele dia e sobre
o desvio de objetivo na aplicação
da verba do FUNDEB em Ipirá, respectivamente,
e acreditava-se que a secretária
estava ali apenas para acompanhar a fala
dos professores, mas após estes saírem
da Tribuna, foi dado a oportunidade da professora
Vanda usar a Tribuna, o que causou revolta
nos sindicalistas que se levantaram e convidaram
os professores para se retirarem do Plenário
em forma de protesto, no que foi acompanhado
apenas por parte dos professores presentes
e o clima ficou tenso.
O professor Fábio Leite, presidente
da Comissão Municipal do FUNDEB foi
o primeiro a usar a tribuna e denunciou
que a verba do FUNDEB está sendo
desviada para pagar funcionários
que não tem nada a ver com a educação
infantil, pois a administração
municipal está pagando funcionários
lotados na delegacia de polícia,
assistência social e na infra-estrutura,
além de ter declarado que construiu
uma sala para o funcionamento da coordenação
do FUNDEB, ao lado do colégio Polivalente
e quando membros do conselho foram verificar
esta sala está sendo ocupada por
um refeitório que serve a projetos
da assistência social, além
da administração municipal
não estar cumprido o que determina
a lei, prestar contas da verba mensalmente
ao conselho, e somente no mês de setembro
e que foi encaminhado para análise
os balancetes mensais, assim mesmo faltando
as contas de alguns meses.
O professor Arismário Sena foi o
segundo a usar a Tribuna e iniciou sua fala
lamentando o tempo de apenas 10 minutos
que o regimento interno da Câmara
determina para cada palestrante, insuficiente
para se tratar de uma problemática
tão importante para a vida do município
que é a educação e
segundo ele, o presidente da Casa se mostrou
insensível ao não abrir mão
do cumprimento deste tempo, quando foi solicitado
pelo vereador Ademildo Almeida. Arismário
discorreu sobre os motivos que levaram a
classe a tomarem a decisão da paralisação
naquele dia, pois a administração
do prefeito Diomário Sá, há
três anos vem sentada na mesa de negociações,
mas não tem avançado em alguns
pontos, como por exemplo o envio do projeto
de lei que regulamenta algumas conquistas
da classe, como por exemplo, eleições
diretas para as diretorias das escolas,
pagamento de deslocamento para os professores
que trabalham na zona rural e outros. O
clima começou a ficar quente, quando
as pessoas que acompanhavam a secretária
de educação começaram
a se manifestar contrária ao que
Arismário falava e este rebateu chamando
aquelas pessoas de puxa-sacos da secretária
e do prefeito.
Quando Arismário saiu da Tribuna,
o presidente da Casa, Aníbal Ramos
Aragão, concedeu a palavra na Tribuna
à secretária de educação,
professora Vanda, o que gerou revolta nos
sindicalistas que se levantaram e chamaram
os professores para se retirarem do plenário,
pois segundo eles, para se fazer uso da
Tribuna Livre é necessário
se inscrever antes do início da Sessão
o que a professora Vanda não tinha
feito. Os sindicalistas foram para o lado
de fora do plenário, mas apenas com
uma parte dos professores e ficaram ali
protestando o que fez com que a professora
Vanda ao iniciar sua fala, afirmasse que
se alguém fosse seu puxa-saco, o
principal deles era Arismário, pois
todo o final de semana estava na chácara
da família dela A secretária
falou que não estava ali para se
confrontar com os sindicalistas, mas sim
para dar explicações aos vereadores
e a comunidade o porquê do projeto
reclamado pelos professores ainda não
tinha sido encaminhado para Câmara
para ser votado, pois depois de uma reunião
acontecida no último mês de
outubro, com a participação
inclusive de membros da APLB, foi constatado
erros de grafia e que precisavam ser corrigidos
o que atrasou este envio do projeto para
a Câmara. Depois que a secretária
saiu da Tribuna todos que se retiraram retornaram
para o plenário e ai foi a vez dos
vereadores, Benedito do Leite, Aníbal
Aragão e Deteval Brandão,
ao usarem a Tribuna, discordarem da atitude
dos sindicalistas e dos professores de terem
se retirados do plenário quando da
fala da secretária. Aníbal
chegou a explicar que para o prefeito e
qualquer secretário falar na Tribuna,
não precisa se inscrever apenas comunicar
na hora da Sessão. Os vereadores
Ademildo Almeida e Mundinho de Nova Brasília
justificaram a atitude daqueles que se retiraram
como forma de protesto, porque segundo ele,
mesmo que seja regimental, foi deselegante,
o presidente da Casa conceder a palavra
à secretária depois que os
sindicalistas falaram. Para Mundinho de
Nova Brasília, o protesto daquelas
pessoas na realidade não era nem
contra a secretária, que também
é professora e sindicalista, mas
sim, contra a administração
municipal do prefeito Diomário Sá.
Após o término da Sessão
o professor Arismário Sena e a secretária
Vanda Barreto ao se encontrarem na saída
do plenário ainda discutiram com
dedos em riste, precisando que as pessoas
presentes os afastassem um do outro. |